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Sobre a FIR Atlântico

Apresentação

A FIR Atlântico abrange toda a região do Atlântico Sul, cobrindo quase 11 milhões de quilômetros quadrados. O órgão responsável por prover serviço de controle de tráfego aéreo e serviço de informação e alerta para voos transitando por essa região é o ACC Atlântico (SBAO_FSS). A FIR não dispõe de radar, seja ele primário ou secundário, sendo o monitoramento primariamente efetuado basicamente por reportes de posição nos fixos de notificação compulsória ou nas posições definidas por latitude e longitude. Outro sistema, chamado de Vigilância Automática Dependente – Contrato1, é utilizado para monitoramento das aeronaves.

As comunicações entre as aeronaves e o ACC Atlântico são efetuados ou por rádio, utilizando frequências na banda HF (High Frequency, Frequência Alta), ou por enlace de dados, através de ferramentas próprias a bordo das aeronaves.

A FIR pode ser separada em dois perfis operacionais:

  • um mais ao norte, cobrindo os tráfegos que transitam entre o Brasil e a Europa ou norte da África (Corredor EURSAM); e
  • um mais ao sul, cobrindo os tráfegos transitando entre o Brasil e a África Meridional (AORRA).

Diante da ausência de cobertura radar e da falta de uma comunicação mais acessível e clara entre pilotos e controladores, a dinâmica de controle do ACC Atlântico é diferente se comparada em relação às outras FIR do País, todas com cobertura radar e VHF (Very High Frequency, ou Frequência Muito Alta). Além disso, outras rotinas específicas ao controle de regiões oceânicas2, como uso de SELCAL (Selective Call, Chamada Seletiva), domínio procedimentos alternativos de separação e gestão organizada das informações enviadas pelos pilotos são aplicadas ativamente durante o controle.


  1. Tradução de Automatic Dependent Surveillance - Contract, ou ADS-C. 

  2. Pelas regras da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), o disposto para controles oceânicos também pode ser aplicado em FIRs continentais remotas por possuírem as mesmas características de controles em áreas oceânicas: ausência de cobertura radar e dificuldades de comunicação VHF.